O Encontro Proibido: Quando Olhares se Cruzam
O evento de gala era o tipo de ocasião que todas as famílias mais poderosas do país aguardavam com ansiedade. Não apenas pela oportunidade de fortalecer suas redes de negócios, mas também para manter a fachada de perfeição, de quem está sempre no controle. O salão estava repleto de rostos conhecidos, desde grandes empresários até políticos influentes e celebridades que eram a elite da sociedade. Cada movimento, cada conversa, estava impregnado de uma delicadeza estratégica.
Hana estava ali, à beira de um jantar, ao lado de sua mãe. Ambas representavam a Hwang Fashion, a gigante da moda fundada por sua avó, e que há anos dominava o mercado de vestuário no país. Sua mãe, sempre elegante e imperturbável, conversava com um grupo de investidores e aliados, enquanto Hana tentava manter uma postura igualmente impecável. Estava ciente de que cada gesto seu era observado, e que, como parte de uma das famílias mais influentes, ela deveria ser sempre a imagem da perfeição. No entanto, em meio a tantas figuras proeminentes, seus olhos se desviaram para uma figura que a fez parar por um momento.
Ele estava lá, entre um grupo de empresários de renome, conversando com a mesma facilidade que qualquer um deles. Mas quando Hana o viu, algo mudou. Ele a olhou diretamente, seus olhos escuros como a noite, tão profundos que pareciam atravessar sua alma. O mundo ao redor dela parecia desaparecer, como se o tempo tivesse parado, deixando apenas aquele instante suspendido no ar.
Jiho. O herdeiro da Taeyang Tech. A rival mais implacável da Hwang Fashion. Sua empresa estava sempre à frente nas inovações tecnológicas, mas, para Hana, ele não era apenas um concorrente. Era o inimigo. Desde que ela se lembrava, as duas empresas haviam disputado em cada campo possível — da moda à tecnologia, das tendências à imagem pública. A animosidade entre as famílias era quase lendária, uma rivalidade que transcendia os negócios e tocava a honra de ambos os lados.
Ela rapidamente desviou o olhar, sentindo seu coração acelerar. A atração que sentiu foi instantânea, como uma chama que se acende sem aviso. Hana tentou se convencer de que não era nada, que o que ela estava sentindo era apenas uma reação momentânea, algo superficial. Mas, ao olhar para o lado, viu que ele a observava atentamente, como se soubesse exatamente o que ela estava sentindo.
Tentando manter a compostura, ela começou a se afastar, mas, para sua surpresa, Jiho a seguiu. Com um passo firme, mas discreto, ele se aproximou, seu ar imponente e tranquilo contrastando com a agitação ao redor. “Hana”, disse ele, sua voz suave, mas carregada de um magnetismo que fez com que o ambiente ao redor deles parecesse silenciar. “É bom ver alguém da sua família fora do campo de batalha. Ou será que ainda estamos em guerra?”
O sorriso de Jiho era suave, mas seus olhos estavam cheios de algo que Hana não conseguiu identificar. Um brilho de malícia? Ou talvez apenas curiosidade? Ela forçou uma expressão tranquila e respondeu com um tom firme, tentando afastar o desconforto crescente dentro de si. “Você está enganado, Jiho. Não é guerra. São apenas negócios.”
Ele riu, o som suave, mas de uma maneira que ela sabia que não era totalmente inocente. A maneira como ele se inclinava levemente em sua direção, como se quisesse estar mais perto, fez com que Hana se sentisse vulnerável de uma forma que não era habitual para ela. “Eu diria que guerra é mais apropriado”, disse ele, e seu olhar parecia penetrar fundo em seus pensamentos. “Mas quem sabe? Talvez um dia possamos fazer as pazes.”
Hana sentiu seu coração acelerar. Ele estava tão perto, e a tensão entre eles era palpável. Como ela poderia se permitir estar ali, conversando com ele, alguém que todos ao seu redor consideravam o inimigo? Sua mãe, seus associados, todos viam a Taeyang Tech como a maior ameaça aos negócios da família. A rivalidade era mais do que uma disputa comercial; era pessoal, uma questão de honra para as duas famílias. Ela não podia esquecer isso.
Mas, ainda assim, algo nela se rebelava. Algo na maneira como Jiho a olhava, como ele estava ali, com uma confiança silenciosa, a fazia questionar tudo o que ela sabia. Por um momento, Hana teve a sensação de que talvez estivesse mais conectada a ele do que gostaria de admitir. E, por mais que tentasse ignorar, não conseguia negar a sensação de que aquele encontro mudaria tudo.
Os Primeiros Encontros: Entre o Amor e o Dever
Nos dias que se seguiram ao evento de gala, Hana não conseguia afastar Jiho de seus pensamentos. As imagens daquele encontro, o olhar que ele havia lhe dirigido, o sorriso suave que parecia esconder algo mais, pairavam em sua mente constantemente. Ela tentava justificar o que estava sentindo, pensando que talvez fosse apenas uma reação passageira, mas a verdade era que ele estava sempre lá, em seus pensamentos, e, surpreendentemente, ele também parecia estar atrás dela.
A princípio, eram mensagens discretas, casuais até, como se ele tentasse manter a distância, mas ao mesmo tempo se mostrar presente. Cada uma delas era mais envolvente que a anterior, com palavras que, de alguma forma, pareciam conhecê-la melhor do que ela mesma. Jiho parecia saber exatamente como tocá-la, de uma forma que ela não esperava. Ele mencionava coisas que ela nunca tinha compartilhado com ninguém, e ainda assim, ele parecia entender.
Hana tentava resistir àqueles encontros esporádicos, aqueles momentos furtivos em que, de repente, se encontravam em algum lugar sem planejar. Primeiro, eram coincidências, ou pelo menos ela tentava convencê-la de que eram. Mas logo ficou claro que, se Jiho estava por perto, era por vontade própria, e os encontros passaram a ser mais frequentes. A tensão entre eles se intensificava, mas ao mesmo tempo, ela não conseguia se afastar. Algo nela queria estar perto dele, queria entender o que estava acontecendo.
Foi em uma noite, em um restaurante sofisticado no centro da cidade, que o destino os colocou frente a frente novamente. Hana estava acompanhada de sua mãe, mas, assim que teve a oportunidade, escapou por um momento. Ao entrar no salão, seus olhos rapidamente se encontraram com os de Jiho, que a observava do fundo do ambiente, como se soubesse que ela viria. Quando ele a viu, seus olhos brilharam, mas ele não demonstrou surpresa. Era como se ele estivesse esperando por ela. E, na verdade, ele estava.
“Você realmente está fugindo de sua mãe?”, perguntou Jiho, com um sorriso enigmático. Seu tom era leve, mas havia um toque de desafio em suas palavras, como se ele estivesse testando seus limites. “Eu pensei que você fosse mais obediente.”
Hana tentou disfarçar o nervosismo que sentia, mas o simples fato de estar ali com ele, sozinha, sem a vigilância de sua mãe ou dos outros, fazia seu coração bater mais rápido. “Às vezes, até as melhores filhas precisam de uma pausa”, respondeu ela, tentando manter a compostura.
Jiho fez um gesto com a mão, convidando-a a se sentar ao lado dele. A maneira como ele agia com tanta naturalidade, como se nada estivesse em jogo, fazia Hana sentir uma mistura de desconforto e curiosidade. “Acho que você se lembra da última vez em que nos encontramos, não é?”, ele disse com uma leveza que só aumentava a tensão entre eles.
“Sim”, respondeu Hana, mas sua voz vacilou por um momento. “Mas não podemos continuar assim. Você sabe o que isso significa, Jiho. O que aconteceria se alguém descobrisse?”
Jiho a olhou com uma intensidade que a fez se sentir vulnerável. “Eu sei”, disse ele, sua voz calma, mas com um tom que transbordava sinceridade. “Eu sei o que minha família esperaria de mim, o que sua mãe esperaria de você. Mas eu também sei o que eu sinto. E sei que você sente o mesmo.”
Essas palavras tocaram Hana de uma forma profunda. Ela queria negar, queria dizer que ele estava errado, mas não conseguiu. O que ele dizia fazia sentido, e no fundo, ela sabia que ele estava certo. Algo entre eles havia surgido, algo que nenhum dos dois podia controlar. Mas isso não mudava o fato de que o que os unia era uma linha tênue, uma corda frágil que, se rompida, poderia arruinar tudo.
Ela desviou o olhar, incapaz de encarar a profundidade daqueles sentimentos. O peso das palavras dele se assentou sobre seu coração, e, apesar de querer se afastar, ela não conseguia negar o que sentia. O medo tomou conta dela — o medo de que, se esse relacionamento fosse descoberto, suas famílias se opusessem com todas as forças. E o que seria dela então? Ela sabia que estava arriscando tudo: sua lealdade à família, seus negócios, sua própria imagem. Mas, ao mesmo tempo, a ideia de não explorar aquilo que começava a nascer entre ela e Jiho parecia ainda mais dolorosa.
“Eu não sei o que fazer”, ela sussurrou, mais para si mesma do que para ele. “E se nossa família descobrir?”
Jiho inclinou-se ligeiramente para frente, seus olhos fixos nos dela, como se tentasse entender sua luta interna. “O que você sente não pode ser apagado, Hana. E o que eu sinto também. Podemos tentar lutar contra isso, mas não vai ser fácil. Não para nós.”
Hana engoliu em seco. Ela sabia que ele tinha razão. E, pela primeira vez, começou a se perguntar se resistir a ele valeria a pena, ou se isso a destruiria por dentro.
O Mundo Se Desmoronando: O Confronto Inesperado
O relacionamento secreto entre Hana e Jiho, que até então parecia ser um refúgio em meio ao caos, estava se tornando cada vez mais insustentável. O peso das expectativas familiares e o medo constante de serem descobertos tornavam cada momento juntos um risco. Ambos estavam conscientes de que, a qualquer deslize, tudo poderia desmoronar. A pressão sobre eles era crescente, e não se tratava apenas de proteger seus próprios sentimentos, mas também de preservar o legado de suas famílias — algo que parecia mais difícil a cada encontro furtivo.
O inevitável aconteceu em uma manhã chuvosa, durante uma reunião de negócios crucial entre a Hwang Fashion e a Taeyang Tech. Ambas as empresas estavam à beira de uma nova parceria, algo que poderia consolidar ainda mais a posição das duas famílias no mercado. Hana estava ali, como sempre, representando sua mãe e sua avó, tentando manter a postura e o controle, como uma verdadeira Hwang. Porém, mesmo com sua atenção voltada para os assuntos da reunião, ela não conseguia evitar os olhares rápidos trocados com Jiho, que estava sentado à sua frente, em um canto da sala. A química entre eles era inegável, e isso não passou despercebido.
Sua mãe, que estava atenta a cada movimento no ambiente, pareceu perceber a troca silenciosa de olhares. Hana sabia que sua mãe tinha uma percepção aguçada para essas coisas. Ela sempre havia sido impecável em ler as entrelinhas, especialmente quando o assunto era família. E, naquele momento, algo nos olhos de sua mãe mudou. Foi o suficiente para que a situação tomasse um rumo irreversível.
No momento em que a reunião terminou e todos começaram a se levantar, sua mãe a chamou de lado. A expressão dela estava fria, como sempre, mas havia algo mais. Algo pesado, que fez Hana gelar por dentro. “Você… está se encontrando com ele?”, a mãe perguntou, sua voz cortante, como uma lâmina afiada. “Com Jiho? O filho do inimigo?”
O termo “inimigo” foi pronunciado de forma tão calculada que o ar ao redor delas parecia se fechar. Hana tentou disfarçar o choque, mas sua mãe não era boba. Ela sabia exatamente o que estava acontecendo, e não era surpresa para ninguém que ela não aprovasse o que estava acontecendo entre sua filha e o herdeiro da Taeyang Tech.
“Não é o que você pensa, mãe”, Hana tentou explicar, sua voz vacilante. Mas as palavras pareciam insuficientes diante da intensidade do olhar de sua mãe. O desprezo estava ali, claro, estampado em cada linha do rosto de sua mãe, como se ela tivesse sido traída.
A expressão da mãe de Hana endureceu ainda mais. “Você me decepcionou, Hana”, disse ela, quase em um sussurro, como se estivesse consternada, mas também com raiva. “Pensava que você fosse mais inteligente. Mas, aparentemente, está mais disposta a destruir tudo o que construímos por uma paixão imatura. Algo que nem mesmo sei de onde veio.”
Hana sentiu um nó no estômago. O confronto com sua mãe era inevitável, mas ainda assim, as palavras dela a feriram de uma maneira que ela não esperava. Era como se o mundo ao seu redor estivesse desabando, e, naquele momento, tudo o que ela conseguia ver era a decepção nos olhos da mulher que sempre fora seu modelo, seu alicerce.
Ela olhou para Jiho, que estava alguns passos à frente, conversando com um colega de negócios. Ele parecia calmo, mas sua postura tensa denunciava a ansiedade. Seus olhos se encontraram brevemente, e, apesar da distância, Hana sentiu a conexão. Mas naquele momento, não sabia como reagir. Ela estava entre o dever para com sua família e os sentimentos que não conseguia mais controlar.
“O que você quer que eu faça?”, ela perguntou, a voz agora vacilante, quase implorando por uma resposta, mas sem saber se estava se dirigindo à sua mãe ou a si mesma. “Eu não posso simplesmente apagar o que sinto por ele. Não posso apagar o que é real.”
Sua mãe, impassível como uma rocha, cruzou os braços e a encarou com uma frieza que parecia cortante. “Você vai escolher, Hana. Ou sua família, ou ele. Você não pode ter os dois. A lealdade à família é tudo o que você tem. E você sabe disso. Não posso acreditar que você tenha se deixado levar por algo tão… passageiro.”
Aquelas palavras caíram sobre Hana como uma sentença de morte. Ela sabia o que a família esperava dela. Sabia o que sua mãe, sua avó, todos ao seu redor, esperavam. Mas havia algo em Jiho que ela não conseguia negar. Era algo mais forte do que qualquer razão, mais forte do que qualquer lealdade ou tradição.
Com um peso no peito, Hana olhou mais uma vez para Jiho, agora percebendo que, para ele também, a escolha seria difícil. Mas, naquele momento, a decisão parecia ser exclusivamente dela. E ela sabia que, qualquer que fosse a sua escolha, nada mais seria como antes.
Ela só não sabia ainda o quanto sua vida estava prestes a mudar.
A Decisão: O Preço do Amor
Os dias que se seguiram foram preenchidos por uma tensão insuportável. Hana se via dividida entre dois mundos, dois destinos que pareciam irreconciliáveis. De um lado, estava o amor por Jiho, um sentimento tão puro e incontrolável que parecia desafiar tudo o que ela conhecia. Mas, do outro lado, havia a lealdade à sua família, um compromisso que fora enraizado nela desde que nasceu, e o legado que sua mãe esperava que ela preservasse a todo custo. Ela sabia que a decisão que tomasse não afetaria apenas sua vida, mas também o futuro das duas famílias que estavam em jogo.
A pressão era esmagadora. Hana tentava se convencer de que o amor por Jiho era algo passageiro, um impulso que, eventualmente, ela superaria. Mas, a cada vez que ele lhe enviava uma mensagem, a cada encontro furtivo, ela sentia como se estivesse se afundando ainda mais em um oceano de emoções que não podia controlar. Sua mente dizia para ser racional, para escolher a família, mas seu coração gritava para lutar por algo que parecia tão genuíno, algo que ela não conseguia ignorar.
E então, depois de noites insones e discussões internas, Hana tomou uma decisão. Ela sabia que não poderia viver com a constante dúvida, com o peso do segredo que estava corroendo sua paz interior. O fim havia chegado, e ela sabia que era a escolha mais difícil que já teria de fazer.
Ela marcou um encontro com Jiho, o lugar onde tudo começou: uma pequena cafeteria afastada, longe dos olhares curiosos. Era o único local onde poderiam estar juntos sem a constante vigilância das pessoas ao seu redor. Quando entrou no local, o coração de Hana deu um salto ao vê-lo sentado à mesa, como se estivesse esperando por ela. Ele sorriu ao vê-la, mas havia uma tristeza oculta em seus olhos, uma tristeza que ela conhecia bem.
Hana se sentou diante dele, tentando manter a compostura, mas seus olhos não podiam esconder a dor que estava sentindo. As palavras estavam presas em sua garganta, mas ela sabia que precisava dizê-las. O silêncio entre eles foi preenchido apenas pelo som suave da máquina de café ao fundo, como se o mundo ao redor deles continuasse em movimento, indiferente ao que estava prestes a acontecer.
“Eu não posso fazer isso, Jiho”, ela disse, a voz trêmula. “Não podemos continuar. As consequências são grandes demais. Eu… eu não posso.”
Jiho ficou em silêncio por um momento, os olhos fixos nela, como se tentasse entender a profundidade do que ela estava dizendo. A dor era clara em seu rosto, mas ele não a interrompeu. Ele sempre soubera que esse momento chegaria. A vida deles, marcada pela rivalidade entre suas famílias, nunca permitiu que o amor fosse algo simples. Mas, mesmo assim, ele havia acreditado, por um breve momento, que talvez houvesse uma chance para os dois.
“Eu entendo”, ele murmurou, a voz carregada de uma resignação dolorosa. “Eu sempre soube que não podia ser para sempre. Mas, Hana, saiba que, por mais que nossas famílias nos separem, o que sentimos um pelo outro é real. E isso, por mais doloroso que seja, nunca vai desaparecer.”
Essas palavras tocaram o coração de Hana de uma maneira profunda, como se estivesse sendo perfurada por uma lâmina de emoções conflitantes. Ela olhou para ele, sentindo o peso do que estavam perdendo, e, ao mesmo tempo, o peso da escolha que ela sentia que precisava fazer. O olhar de Jiho estava cheio de algo que ela não conseguia nomear, talvez amor, talvez resignação, talvez dor. Mas, acima de tudo, havia uma quietude, como se ele já soubesse que esse seria o fim.
Hana sentiu os olhos se encherem de lágrimas, mas tentou manter a dignidade. “Eu sempre vou te amar, Jiho”, disse ela, a voz falhando. “Mesmo que nunca possamos estar juntos.”
Aquelas palavras soaram como um adeus. O adeus silencioso que ambos sabiam que precisava ser dito, mas que nenhum dos dois queria realmente ouvir. Ela levantou-se devagar, seu corpo pesado com a decisão que acabara de tomar. Jiho a observava em silêncio, sem fazer nenhum movimento para impedi-la, porque ele sabia que não havia mais nada a ser feito.
O amor deles foi, assim, enterrado nas sombras da guerra familiar, uma história que nunca poderia ser contada abertamente, mas que deixaria uma marca indelével em suas vidas. Embora não tenha tido um final feliz, o que passaram juntos nunca seria esquecido. Para Hana, Jiho seria sempre uma parte de seu passado, uma lembrança do que poderia ter sido — um amor verdadeiro, mas impossível de ser vivido.
Enquanto ela saía da cafeteria, seu coração se apertou, mas, no fundo, ela sabia que, por mais doloroso que fosse, ela havia feito o que acreditava ser o certo. O preço do amor, para ela, seria a perda de um futuro ao lado de Jiho, mas também uma lição dolorosa sobre os sacrifícios que a vida exige quando se escolhe seguir as expectativas de uma família. E, embora seu coração estivesse quebrado, ela sabia que a decisão estava tomada.