Um Contrato de Casamento… E Muitas Risadas!

Uma Proposta Inesperada

Ji Soo Hyun, herdeiro de um dos maiores conglomerados da Coreia do Sul, tinha tudo o que alguém poderia desejar: riqueza, poder e uma aparência que fazia qualquer um olhar duas vezes. No entanto, sua vida estava longe de ser perfeita. Sua avó, a implacável presidente da empresa, havia lhe dado um ultimato: ou ele se casava em três meses ou perderia sua posição como sucessor. Para uma mulher como ela, casamento não era apenas uma questão de tradição; era sinônimo de estabilidade e responsabilidade.

Soo Hyun, com sua personalidade fria e calculista, não via sentido em relacionamentos amorosos. Ele estava focado em expandir os negócios da família e não queria distrações. Porém, sua avó era teimosa, e ignorá-la não era uma opção. Enquanto ele tentava encontrar uma solução prática para o problema, o destino entrou em cena — de forma desastrosa.

Kang Ha Eun era exatamente o oposto de Soo Hyun. Sonhadora e um tanto atrapalhada, ela trabalhava como garçonete enquanto perseguia seu sonho de se tornar atriz. Apesar de sua vida simples, Ha Eun tinha um coração enorme e um talento nato para criar situações embaraçosas. Naquela noite, enquanto trabalhava em um evento luxuoso organizado pela empresa de Soo Hyun, ela acidentalmente derramou uma taça de vinho tinto na camisa branca impecável dele.

O salão ficou em silêncio. Todos os olhares se voltaram para Ha Eun, que estava tão nervosa que mal conseguia se desculpar. Soo Hyun, visivelmente irritado, tentou manter a compostura, mas a combinação de sua camisa arruinada e o olhar culpado de Ha Eun foi demais para ele.

— “Você não sabe o que está fazendo?!” ele exclamou, tirando o blazer e tentando limpar a mancha. 

— “Eu sinto muito, senhor! Foi um acidente!” Ha Eun respondeu, curvando-se repetidamente. 

Antes que a situação piorasse, a avó de Soo Hyun apareceu, observando tudo com uma expressão de desaprovação. Para evitar mais constrangimentos, ele se afastou, mas não sem lançar um último olhar frustrado para Ha Eun.

Mais tarde naquela noite, enquanto Soo Hyun pensava em sua situação no escritório, uma ideia começou a se formar em sua mente. Ele precisava de alguém para fingir ser sua noiva, apenas por tempo suficiente para acalmar sua avó e garantir sua posição na empresa. A imagem de Ha Eun, desajeitada e desesperada, voltou à sua mente. Ela não parecia o tipo de pessoa que exigiria algo em troca, e, pelo jeito, ela precisava de dinheiro.

No dia seguinte, ele a encontrou novamente, desta vez em uma cafeteria modesta onde ela trabalhava. Ha Eun ficou surpresa ao vê-lo entrar, ainda mais quando ele se sentou à mesa e pediu para falar em particular. Com um tom sério, Soo Hyun explicou sua situação e fez sua proposta: 

— “Eu preciso que você finja ser minha esposa por um ano. Em troca, você receberá uma quantia que resolverá todos os seus problemas financeiros.” 

Ha Eun piscou, sem acreditar no que ouvia. Ela achava que aquilo era uma piada. 

— “Você quer que eu finja ser sua esposa? Você nem me conhece!” 

— “Exatamente. E é por isso que você é perfeita para isso. Não temos nenhuma conexão emocional, e você precisa do dinheiro, certo?” 

Ela hesitou. A quantia que ele ofereceu era mais do que suficiente para pagar suas dívidas e ajudá-la a investir em sua carreira como atriz. Mas e se aquilo fosse mais complicado do que parecia? Ha Eun sabia que Soo Hyun não era um homem fácil de lidar. Ainda assim, o desespero falou mais alto. 

— “Tudo bem. Eu aceito, mas com uma condição: eu faço as regras no que diz respeito à minha privacidade.” 

Soo Hyun sorriu pela primeira vez. Ele sabia que, apesar de todos os riscos, havia encontrado a solução para o problema. 

O contrato foi assinado naquela mesma noite. O que ambos não sabiam era que aquela decisão os levaria a uma jornada cheia de confusões, lições e sentimentos que nenhum dos dois havia previsto.

Início da Farsa e Primeiras Faíscas

O contrato estava assinado, e a convivência forçada de Ji Soo Hyun e Kang Ha Eun começava a tomar forma. Logo na primeira semana, ficou claro que suas personalidades opostas seriam um desafio. Soo Hyun, acostumado a uma vida organizada e impecável, via-se constantemente irritado pelas atitudes desajeitadas e imprevisíveis de Ha Eun. Já ela, por sua vez, achava o comportamento frio e mandão de Soo Hyun insuportável.

A primeira prova de fogo veio com um jantar formal organizado pela avó de Soo Hyun. Ha Eun, que nunca havia participado de eventos tão elegantes, sentia-se como um peixe fora d’água. O vestido caríssimo que ele havia comprado para ela parecia mais uma fantasia do que uma roupa de verdade. Mesmo assim, ela decidiu fazer o seu melhor para impressionar.

Antes de saírem para o evento, Ha Eun olhou para Soo Hyun com nervosismo. 

— “E se eu fizer algo errado? Essas pessoas parecem de outro planeta!” 

Soo Hyun suspirou, passando as mãos pelos cabelos. 

— “Apenas sorria e concorde com o que eu disser. Não tente improvisar. E, por favor, não derrube nada.” 

O comentário provocou um olhar de reprovação em Ha Eun, mas ela decidiu engolir a resposta afiada que tinha na ponta da língua. Quando chegaram à mansão luxuosa da família, os olhares julgadores dos convidados fizeram Ha Eun suar frio. Mesmo com sua pose confiante, ela sabia que não pertencia àquele mundo.

Tudo parecia ir bem até que um dos tios de Soo Hyun, conhecido por ser intrometido, começou a fazer perguntas diretas sobre o relacionamento deles. 

— “Então, Ha Eun, como você conheceu nosso Soo Hyun? Aposto que foi uma história romântica!” 

Ela congelou. Não tinham combinado uma história para contar! Soo Hyun tentou intervir, mas Ha Eun, decidida a não parecer deslocada, inventou algo na hora. 

— “Ah, foi durante um evento de caridade. Ele estava ajudando a arrecadar fundos para crianças carentes, e eu… bom, eu fui tocada pela generosidade dele.” 

Soo Hyun quase engasgou com a bebida ao ouvir aquilo. Generosidade? Ele? O salão ficou em silêncio por um momento antes que todos começassem a aplaudir. A avó dele, que estava observando de longe, pareceu aprovar. Mas, assim que ficaram sozinhos, Soo Hyun não perdeu tempo. 

— “Por que você disse isso? Eu nunca participei de um evento de caridade na vida!” 

Ha Eun deu de ombros. 

— “Eu improvisei. Sua família parece gostar de histórias emocionantes. Além disso, você não ajudou em nada!” 

Apesar de sua irritação, Soo Hyun percebeu que, de alguma forma, Ha Eun havia conquistado o respeito de sua avó e dos outros convidados. Ele não admitiria em voz alta, mas sentiu uma ponta de alívio.

Nos dias seguintes, a rotina deles foi se ajustando, mas as diferenças continuavam evidentes. Ha Eun acordava tarde, adorava ouvir música alta e tinha o hábito de conversar sozinha enquanto praticava suas falas de audições. Soo Hyun, por outro lado, era metódico, acordava cedo para fazer exercícios e odiava qualquer tipo de barulho desnecessário.

Certo dia, ele entrou na sala e a encontrou de pijama, interpretando uma cena dramática. 

— “Por que você está chorando e gritando? Parece que alguém morreu.” 

Ha Eun, sem perder a pose, respondeu: 

— “É minha preparação para um papel. Você não entende nada de arte.” 

Ele riu pela primeira vez desde que haviam começado aquele acordo. 

— “Se isso é arte, prefiro ficar com números e contratos.” 

Mesmo com as constantes provocações, uma estranha camaradagem começou a surgir entre os dois. Ha Eun, com sua energia caótica, trouxe algo novo para a vida metódica de Soo Hyun, enquanto ele, com sua seriedade, a desafiava a ser mais disciplinada.

No entanto, nenhum dos dois sabia que aquela convivência forçada estava apenas começando a abrir caminho para algo muito mais complexo e inesperado: o começo de sentimentos que nem um contrato poderia prever.

Quando o Falso Fica Confuso

Após semanas de convivência, Ji Soo Hyun e Kang Ha Eun começavam a se acostumar com a rotina peculiar de seu “casamento” de fachada. Apesar das brigas constantes e das diferenças irreconciliáveis de personalidade, momentos inesperados de harmonia começaram a surgir. No entanto, a linha entre o falso e o real tornava-se cada vez mais difícil de distinguir, principalmente quando situações mais íntimas revelavam lados desconhecidos de ambos.

Em um final de semana tranquilo, Soo Hyun decidiu levar Ha Eun para um passeio em uma propriedade da família no interior, onde a avó pretendia reunir todos os parentes. Ele sabia que seria uma oportunidade perfeita para reforçar a farsa do relacionamento, mas também temia que Ha Eun, com sua espontaneidade, acabasse revelando algo errado.

Na viagem, Ha Eun ficou deslumbrada com o lugar. A propriedade era cercada por campos verdes, com uma mansão imponente no centro, parecendo algo saído de um conto de fadas. 

— “Isso tudo é seu?” ela perguntou, ainda boquiaberta. 

— “É da minha família. Eu prefiro a cidade, mas minha avó gosta de manter tradições aqui.” 

Enquanto exploravam o lugar, Ha Eun tropeçou em uma pilha de caixas no depósito da mansão. Ao abri-las, encontrou um conjunto de brinquedos antigos e fotos de Soo Hyun quando criança. Ele apareceu logo atrás, visivelmente desconfortável. 

— “Essas coisas não importam. Só estão guardadas por nostalgia da minha avó.” 

Mas Ha Eun, curiosa como sempre, pegou uma foto em que ele parecia estar segurando um cachorro, sorrindo de orelha a orelha. 

— “Você já sorriu assim? Achei que seu rosto só sabia fazer expressões sérias!” 

— “As pessoas mudam,” ele respondeu, desviando o olhar. 

Foi um momento pequeno, mas Ha Eun percebeu que havia mais em Soo Hyun do que sua fachada fria e controladora. E, embora ele não admitisse, a energia alegre e curiosa dela começava a aquecer sua rotina.

Naquela noite, durante o jantar com a família, Ha Eun foi novamente o centro das atenções. A avó de Soo Hyun, ainda desconfiada da relação deles, começou a fazer perguntas mais pessoais. 

— “Então, Ha Eun, o que você mais admira em Soo Hyun?” 

Ha Eun engoliu seco. Embora tivesse improvisado respostas antes, esta pergunta a pegou desprevenida. Ela olhou para Soo Hyun, que parecia tenso, esperando pela resposta. Após um breve silêncio, ela sorriu e respondeu: 

— “O que mais admiro nele é sua determinação. Mesmo quando parece frio, ele sempre pensa no bem-estar das pessoas que ama, mesmo que não saiba expressar isso.” 

A resposta foi sincera, e até Soo Hyun ficou surpreso. A avó pareceu satisfeita, mas o momento deixou o clima entre os dois ainda mais estranho. Quando ficaram sozinhos após o jantar, ele perguntou: 

— “Por que você disse aquilo? Não precisava exagerar.” 

Ha Eun riu, tentando disfarçar o nervosismo. 

— “Era isso ou dizer que admiro seu talento para reclamar. Eu salvei sua pele!” 

Apesar do tom brincalhão, havia verdade em suas palavras. Ela começava a enxergar qualidades em Soo Hyun que ele mesmo parecia ignorar. E, por mais que negasse, ela também sentia que ele estava mudando.

Os sentimentos ficaram ainda mais confusos quando Jung Min, amigo de infância de Ha Eun, reapareceu inesperadamente. Eles se encontraram por acaso em um café, e ele não perdeu tempo em demonstrar que ainda tinha sentimentos por ela. 

— “Você realmente está casada com ele?” Jung Min perguntou, desconfiado. 

Ha Eun tentou desviar, mas suas respostas hesitantes só aumentaram a curiosidade de Jung Min. Quando Soo Hyun chegou para buscá-la, ficou claro que o clima entre os dois amigos o incomodava mais do que gostaria de admitir. 

No carro, o silêncio entre Ha Eun e Soo Hyun era pesado. Ele finalmente quebrou o silêncio. 

— “Esse tal de Jung Min… parece que ele gosta de você.” 

Ha Eun, surpresa, respondeu com um sorriso provocador. 

— “Está com ciúmes, Ji Soo Hyun?” 

— “Não seja ridícula. Isso é apenas um problema para o nosso contrato.” 

Mas, mesmo enquanto dizia isso, ele sabia que não era verdade. E Ha Eun também sabia.

O que começou como um acordo prático estava se transformando em algo mais profundo e, ao mesmo tempo, mais complicado. Eles estavam presos em um jogo perigoso onde o coração, inevitavelmente, começava a ditar as regras.

Revelações, Conflitos e uma Decisão Difícil

A convivência entre Ji Soo Hyun e Kang Ha Eun estava longe de ser simples, mas os sentimentos que começaram a brotar tornavam tudo ainda mais confuso. O retorno de Jung Min, amigo de infância de Ha Eun, só aumentava as tensões. Soo Hyun, que até então se mantinha distante e racional, começou a se perceber desconfortavelmente afetado pelo vínculo entre os dois. 

Uma manhã, Ha Eun recebeu um convite inesperado de Jung Min para participar de um evento comunitário, algo que fazia parte de suas memórias de infância juntos. Relutante, ela aceitou, sentindo-se dividida entre a amizade de longa data e a responsabilidade de manter a farsa de seu casamento com Soo Hyun. Quando Soo Hyun descobriu sobre o encontro, não conseguiu esconder sua irritação. 

— “Você não acha que está passando tempo demais com esse Jung Min? Não foi para isso que assinamos o contrato,” ele disse, enquanto ajustava a gravata em frente ao espelho. 

— “Você está me controlando agora?” Ha Eun retrucou, cruzando os braços. “Eu tenho minha vida, mesmo com esse acordo.” 

— “Sua ‘vida’ inclui passar tempo com alguém que claramente ainda gosta de você?” 

Ha Eun piscou, surpresa. 

— “Está com ciúmes, Soo Hyun? Porque, se estiver, talvez você devesse admitir.” 

Ele desviou o olhar, o maxilar tenso, e saiu do apartamento sem dizer mais nada. 

No evento, Jung Min mostrou-se atencioso e caloroso, o completo oposto de Soo Hyun. Ele não hesitou em relembrar momentos divertidos do passado, provocando risos e um conforto familiar em Ha Eun. No entanto, no fundo, algo parecia faltar. Cada vez que Jung Min a olhava com ternura, a imagem de Soo Hyun surgia em sua mente. 

Mais tarde naquela noite, ao retornar para o apartamento, ela encontrou Soo Hyun sentado no sofá, os olhos fixos em um relatório de trabalho, mas com uma expressão que traía sua concentração. Ele mal levantou o olhar quando ela entrou. 

— “Você se divertiu?” ele perguntou casualmente, mas havia algo em sua voz que a fez parar. 

— “Foi bom, sim,” respondeu Ha Eun, tentando soar indiferente. 

— “Bom para você,” ele murmurou, folheando o relatório com um desinteresse evidente. 

A tensão entre eles se acumulou até que Ha Eun finalmente explodiu. 

— “Por que você está agindo assim? Não é como se isso fosse real para você! Você deixou claro desde o início que tudo isso é um contrato, então por que se importa com quem eu passo meu tempo?” 

Soo Hyun fechou o relatório com força e a encarou, os olhos ardendo de emoção reprimida. 

— “Talvez porque eu esteja começando a me importar. E isso não fazia parte do plano.” 

Ha Eun ficou em silêncio, incapaz de processar o que acabara de ouvir. Aquela confissão inesperada a deixou abalada. 

— “Você está me dizendo que…” começou Ha Eun, mas foi interrompida por Soo Hyun, que desviou o olhar. 

— “Esqueça. Não importa. Não deveria importar.” 

Ele se levantou e saiu do apartamento, deixando-a sozinha com seus pensamentos. 

Naquela noite, enquanto olhava para o contrato que havia mudado sua vida, Ha Eun percebeu que sua relação com Soo Hyun já não se limitava ao papel assinado. Havia algo mais ali, algo que ambos estavam relutantes em admitir. 

Enquanto os dias passavam, a avó de Soo Hyun anunciou que queria uma cerimônia para oficializar o “casamento” em breve. Isso trouxe à tona um novo conflito: ambos sabiam que a farsa não poderia durar para sempre, mas como lidar com os sentimentos que haviam surgido? 

Com o coração dividido, Ha Eun percebeu que estava chegando a um ponto onde teria que escolher entre seguir com o acordo ou confrontar a verdade: ela não estava apenas vivendo um casamento de mentira. Ela estava se apaixonando pelo homem que, ironicamente, parecia mais distante do amor do que qualquer outro. 

E Soo Hyun? Ele também precisava decidir: proteger sua posição na empresa e manter sua máscara de controle ou permitir-se abrir o coração para um amor que não havia planejado? 

Quando o Amor Quebra Contratos

O prazo do contrato estava se aproximando do fim, mas Ji Soo Hyun e Kang Ha Eun já não eram os mesmos que haviam assinado aquele acordo meses atrás. O que começou como uma relação fria e calculada agora estava cercado de sentimentos confusos e inegáveis. Ambos se encontravam em uma encruzilhada emocional, onde as máscaras de indiferença já não podiam mais esconder o que seus corações insistiam em dizer. 

A avó de Soo Hyun, insistente como sempre, organizou um grande jantar em sua mansão, declarando que seria a ocasião perfeita para anunciar oficialmente a união do casal. O anúncio, no entanto, seria a última peça do teatro: o contrato estava prestes a expirar, e a farsa deveria terminar. 

Na noite do evento, Ha Eun se arrumou com um misto de nervosismo e tristeza. O vestido elegante parecia pesado demais, como se carregasse todas as mentiras que ela e Soo Hyun haviam construído juntos. Ele, por sua vez, estava impecável como sempre, mas seus olhos não escondiam a tensão. 

Durante o jantar, os olhares trocados entre eles eram carregados de significado, mas ninguém parecia notar, exceto Jung Min, que havia sido convidado pela avó de Soo Hyun como um “amigo da família”. Sua presença apenas tornava o clima ainda mais tenso. 

Quando chegou o momento do anúncio, a avó de Soo Hyun se levantou com um sorriso satisfeito. 

— “Estamos aqui hoje para celebrar o amor entre meu neto, Ji Soo Hyun, e sua adorável esposa, Kang Ha Eun. Que essa união seja eterna!” 

O salão inteiro aplaudiu, mas no fundo, Ha Eun sentiu uma pontada de culpa. Ela sabia que não podia continuar mentindo, mas, antes que pudesse dizer algo, Jung Min se levantou, chamando a atenção de todos. 

— “Perdão, mas eu preciso dizer algo. Ha Eun, você realmente está feliz com isso? Porque, sinceramente, não parece que você está.” 

O salão caiu em silêncio absoluto. Ha Eun olhou para Jung Min, depois para Soo Hyun, que mantinha sua expressão rígida, mas os punhos cerrados traíam sua inquietação. 

— “Jung Min, por favor, não torne isso mais complicado do que já é,” ela disse, tentando manter a calma. 

Mas, antes que Jung Min pudesse responder, Soo Hyun se levantou. 

— “Isso é suficiente,” ele declarou, sua voz firme. “Você não tem o direito de questionar nossa relação.” 

A avó de Soo Hyun, visivelmente irritada, tentou intervir, mas Ha Eun, finalmente decidida, tomou a palavra. 

— “Não, Soo Hyun. Ele tem razão.” 

Todos os olhares se voltaram para ela. Ha Eun respirou fundo antes de continuar. 

— “Este casamento… começou como um acordo. Não era real. Mas, ao longo do caminho, algo mudou. Eu não posso mais fingir.” 

O murmúrio entre os convidados tornou-se ensurdecedor, e a avó de Soo Hyun parecia chocada. Mas o que realmente surpreendeu a todos foi quando Soo Hyun falou, com uma honestidade que ninguém esperava. 

— “Ela está certa. Tudo começou como um contrato, mas não é mais só isso. Eu também não posso continuar fingindo.” 

O salão caiu em silêncio novamente. Soo Hyun olhou para Ha Eun, seus olhos finalmente livres de qualquer barreira. 

— “Eu não sei exatamente quando aconteceu, mas eu me apaixonei por você, Ha Eun. E, se você me der uma chance, quero que isso seja real. Sem contratos, sem mentiras.” 

As lágrimas nos olhos de Ha Eun eram inevitáveis. Ela sorriu, ignorando os olhares curiosos ao redor, e deu um passo à frente. 

— “Você é tão ruim com palavras, Soo Hyun, mas eu também te amo.” 

O momento foi interrompido por aplausos tímidos, liderados pela avó de Soo Hyun, que finalmente pareceu aceitar a verdade. Jung Min, embora decepcionado, acenou para Ha Eun com um sorriso triste e deixou o salão, percebendo que seu lugar já não era ao lado dela. 

Os meses seguintes foram um recomeço para Soo Hyun e Ha Eun. A relação, agora livre de contratos e expectativas externas, tornou-se mais leve e verdadeira. Ele descobriu que, às vezes, a vida organizada que sempre valorizou precisava de um pouco de caos para ser completa. E ela aprendeu que até mesmo o homem mais frio podia ser aquecido pelo amor verdadeiro. 

No fim, o contrato foi quebrado, mas o vínculo que criaram se tornou eterno. E, de maneira inesperada, eles finalmente encontraram o que sempre estiveram procurando: um ao outro.

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